domingo, 31 de agosto de 2014

Reforma de pneus de motos continua proibida

A primeira reformadora de pneus de motos surgiu em 1965, de lá pra cá, elas já somam 100, porém, nenhuma delas está podendo atuar, pois existe uma resolução no CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) proibindo a atuação delas no país.
De acordo com o assessor técnico da ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus), Carlos Thomaz, são inúmeros motivos para a proibição, porém, entre os mais falados está a de que o pneu de moto não tem estrutura para suportar uma segunda vida.
“Se a carcaça do pneu não é segura, então o novo também não é”, argumenta. “Todos os testes já foram feitos e estão em poder do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, aguardando um relatório final”, completa.
Os testes realizados até o momento são universais e medem a velocidade sob carga, que é realizada em todas as linhas de pneus, como carga e fora de estrada, inclusive de moto em todo o mundo. “Em caráter de resistência, todos passaram em laboratórios acreditados pelo INMETRO”, explica Thomaz.
Segundo estudos da Câmara Temática de Assuntos Veiculares, as reformadoras de pneus precisam de sistemas técnicos e de gestão de qualidade que garanta segurança, aderência, dirigibilidade, estabilidade e frenagem, o que a maioria não possui. De acordo com o desembargador federal Fagundes de Deus, relator do caso, a Resolução foi editada visando à segurança no trânsito, com base em estudos realizados pela Câmara.
Até hoje, segundo informações da ABR, não existem estatísticas que comprovem a insegurança dos pneus e a reforma é conhecida em todo o Brasil, uma vez que 3 milhões de pneus eram reformados por ano. No momento, a atividade para pneus de motos está paralisada.


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